O mercado imobiliário “pós-pandemia”

Diante das recentes recomendações dos órgãos de saúde, das incertezas em relação à vacina e das determinações do Governo quanto a pandemia de Covid-19 (novo Coronavírus), é possível prever que não haverá um dia específico para retomada geral das atividades econômicas. Dia a dia o mundo se adapta ao novo normal, assim como o mercado imobiliário.

Por ser um setor que representa 6,2% do produto interno bruto do país e frente ao déficit habitacional brasileiro de 5,5 milhões, segundo o IBGE, o mercado imobiliário tem muito a se desenvolver, mas os reflexos das medidas de isolamento adotadas como forma preventiva são notáveis.

O segmento que já passava por uma transformação digital, devido a evolução da tecnologia, experienciou uma aceleração e até mesmo reinvenção. Drones, visitas digitais, todas as ferramentas online e a presença digital dos corretores de imóveis e imobiliárias foram ampliados. O trabalho remoto foi adotado como solução, tornando -se uma nova realidade presente nas empresas do segmento.

O consumidor também mudou. Novos comportamentos relevam novas tendências para o setor, como a redução da demanda por imóveis comerciais, que promoveu a desvalorização de 0,09% no preço médio de venda dos empreendimentos desse tipo, em abril, segundo o índice FipeZap. Como alternativa para reversão desse cenário, acredita-se que o segmento deverá investir em experiências e diferenciais para manter e conquistar novos clientes.

Com a possibilidade de morar mais distante do trabalho e dos centros urbanos, o mercado vivencia um aumento na busca por lotes, terrenos e chácaras, bem como novas expectativas quanto aos imóveis residenciais. Espaços mais amplos, com quintal, varanda, escritório se tornam requisitos dos clientes quando se tratam de casas e apartamentos.

Os corretores de imóveis e imobiliárias devem se adaptar às novidades advindas da pandemia e se capacitar para atender ao mercado, que mesmo diante das incertezas contou com aumento de 3% na intenção de compra, no período de março para abril, conforme estudo da consultoria BRAIN Inteligência Estratégica. Registrando também crescimento de 1,11% nos primeiros seis meses no preço dos imóveis residenciais, na pesquisa FipeZap. Resultado do menor patamar da série histórica da taxa Selic (2,25%) e dos incentivos ao crédito imobiliário.

Comunicação do Creci de Goiás